Se você parar pra pensar por um segundo, vai perceber que um dos sentimentos mais autodestrutivos do mundo é o amor. Sofre-se por ele, morre-se por ele. Passam a vida inteira falando para você que você é um ser pela metade, condenado a procurar por toda a sua vida por alguém que vai finalmente te fazer sentir completo e feliz. Pressupondo que “é impossível ser feliz sozinho”. Como alguém pode considerar fundamental algo que faz tanto mal?
No começo esse sentimento se manifesta em nossos corpos de maneira física. Mãos suam, o estômago fica embrulhado, o coração dispara e em questão de segundos nosso cérebro perde todo o poder de raciocínio, só porque estamos ao lado da tal pessoa amada. Imagina só, sentir tais coisas repetidas vezes nas situações mais inusitadas? É de deixar qualquer um hipocondríaco! Não é a toa que hoje em dia existem tantas pessoas se diagnosticando com síndrome do pânico e problemas cardíacos.
Ainda existem aquelas pessoas “bravas” o suficiente para morrer em nome desse sentimento tido como nobre. Quando se fala em amor, logo se pensa, Romeu e Julieta, tão lindos e tão trágico. As pessoas só falam isso porque tem uma enorme dificuldade de perceber que a Julieta era uma idiota. Ela se apaixona por aquele cara que ela sabe que não pode ter... que triste que nada! Se ela foi burra o bastante para se apaixonar pelo inimigo, beber uma garrafa de veneno e ir repousar num mausoléu, então ela teve o que merecia.
Como se já não fosse o suficiente fazer com que o seu corpo passe por uma montanha russa de sensações e, as vezes, até mesmo te levar a morte, o amor ainda te deixa pobre. Isso porque além de ter que “dividir a sua alma com alguém” que você mal conhece, ainda tem que encher esse desconhecido de presentes. E tudo isso pra quê? Para que no próximo dia dos namorados você descubra que estava com o cara errado. Algumas sabichonas como a Taylor Swift transformam isso em ganha pão, escrevendo sobre como o seu coração foi dilacerado por metade dos homens da Califórnia. Enquanto nós, seres mortais, ficamos apenas com um pote de sorvete de dois litros e uma caixa com todos os prêmios e destroços da relação.
Ah, essa parte é ainda pior. O amor pode ser facilmente comparado a um bloco de carnaval. Quando ele chega, as ruas estão bonitas e todos estão arrumados e felizes. As crianças pulam e correm, os jovens e adultos dançam e cantam as músicas badaladas da época. Todos comem bebem, brincam com serpentina, confete e espuma. Até que as cores dos três dias de folia chegam ao fim com a quarta-feira de cinzas e tudo o que resta de você são confetes sujos e amassados na sarjeta.
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